Depois de muitas investigações
conseguiram prender o Gevalter Friedem. Ele tinha acabado de tentar roubar um
grande banco. A negociação foi tensa, pois ele se recusava ser preso pela
polícia que rapidamente foi até o local. Conseguiram prender este ladrão graças
as investigações de Aristóteles. Este investigador conseguiu seguir cada passo do assaltante, a ponto de descobrir todos os métodos que Gelvalter tinha
desenvolvido.
Mas, o investigador Aristóteles
não estava satisfeito com a prisão de Gevalter Friedem. Ele queria descobrir
porque ele foi para a criminalidade, pois ele era de uma família boa. Pai
trabalhador, uma pessoa muito simples, e uma mãe dona de casa. Nunca este casal fizeram nenhuma maldade para ninguém. Então o investigador
fez várias visitas ao senhor Friedem para descobrir como foi que ele entrou
nesta vida de violência e assaltos.
Ele era um assaltante que roubava
grandes bancos. Também gostava muito de assaltar grandes joalherias. Segundo as
investigações ele estava se preparando para roubar a rua Oscar Freire. Mas, o
sonho dele era roubar a Petrobras e a Vale do Rio Doce. Mas, todos os seus
comparsas tentaram desencoraja-lo pois, este tipo de roubo é diferente do que
ele está acostumado a fazer. Pois, para este tipo de roubo não se usa revolver,
maçarico, bombas.
As ferramentas para assaltar uma
empresa do porte de uma Petrobras é gravata e caneta. Muito diferente do que
ele estava acostumado a roubar. Mas, ele continuava a estudar a empresa para rouba-la.
O interessante é que durante as
entrevistas o Gevalter se mostrava uma pessoa muito simpática e gostava de
contar piadas. Das mais variadas circunstâncias ele fazia piada. Ele dizia que
gostava de ser palhaço. Só que para realizar suas atividades de roubo a
seriedade era muito evidente. Seu otimismo era muito acentuado. Mesmo preso ele
estava de bem com a vida. E ele dizia que errou no planejamento do assalto, e
que não cometeria o mesmo erro e que não seria pego da próxima vez.
Então Aristóteles perguntou
porque ele escolheu estas empresas para roubar. Ele sem demora respondeu que
era empresas que tinham muito dinheiro.
- E o que levou você assaltar
estas empresas foi só o dinheiro? Perguntou, Aristóteles.
Ele respondeu que sim:
- É que antes destas empresas eu
roubava bancos menores e já estava fácil de mais e queria também ganhar mais
dinheiro.
Mas, Aristóteles perguntou:
- Mas seria interessante focar em
um lugar que você já domina?
Ele respondeu:
-Seria mais fácil, mas eu queria
realmente ganhar mais dinheiro, pois é assim que eu faço, pois antes dos bancos
eu roubava hipermercado.
Mas, porque parou de roubar
hipermercado, ele tem bastante dinheiro. Afirmou Aristóteles.
Hipermercado são poucos e temos
que variar o roubou e também eu queria algo a mais que estas empresas já não
tinham para mim.
Então, na sua opinião, você
estava evoluindo na criminalidade? Perguntou Aristóteles para dar oportunidade dele
esclarecer mais sobre o que ele estava afirmando e para conhecer mais como se
desenvolveu este modo de atuação.
O senhor Friedem disse:
- Eu nunca pensei desta forma. O
que acontecia é que eu estava na roda viva. Quando havia um esgotamento do meu
foco, pois eu descobria que existia outras empresas que iria ter mais dinheiro.
E também as empresas acabavam se protegendo mais. E eu quero mais dinheiro e
também mais facilidade para roubar.
Aristóteles questionou:
- Se você roubava hipermercado
significa que antes você roubava supermercado.
Exatamente, respondeu o
delinquente e acrescentou:
- Só que o supermercado e mercado
estão praticamente no mesmo nível. E nem sempre os assaltos davam grandes
lucros então resolvi seguir em frente e deixe estas empresas para lá.
- Então significa que a base para
o assalto do hipermercado foi os mercados? Perguntou o investigador. Muito
atento a tudo o que ele respondia.
- Sim, respondeu ele com toda
segurança do mundo. E acrescentou ainda:
- E a base para o supermercado
são os restaurantes, papelaria, cachorraria, lanchonetes, bares. Ou seja, o
comercio em geral.
Então Aristóteles mudou um pouco
o tipo de pergunta:
- Como então como tudo começou,
pois você me parece que não pensava em seguir este caminho.
-Sim, como toda criança que
queria ser jogador de futebol, bombeiro ou médico. Mas, uma certa vez eu estava
em uma aula e estava brincado de luta com um outro participante desta aula, que
era uma aula de muita prática. Então alguém questionou se alí era um local para
briga ou luta.
E o professor disse:
-Só pode brigar quando um palhaço
for roubar a pipoca de outro palhaço. Então eu pensei na época que se eu fizer
palhaçada significa que eu posso roubar. Então se eu posso roubar pipoca. Significa
que eu posso roubar a barraquinha do cachorro quente, não só o da pipoca.
Também tem a do churros, a e do algodão doce, da batata frita. E tem o pastel
da feira. E foi aí que eu comecei, pois se com palhaçada eu posso roubar então vou em frente. Na
feira tem muitas barraquinhas para roubar. Mas, na verdade eu comecei com o
furto neste local.
- Então você pode afirmar que o
professo te incentivou a roubar? Perguntou perplexo Aristóteles a esta descoberta
de como se começa a roubar.
-Sim, ele foi o grande
incentivador, pois se o professor diz que tem situações que pode roubar. Então
eu fui buscar estas situações.
- Mas, foi só por causa dele que
você decidiu roubar? Perguntou o investigado, mais curioso ainda.
- Não, respondeu ele.
Com os olhos arregalados, com o
tronco levemente inclinado em direção a Gevalter perguntou o que mais então foi
importante para sua vida no crime?
- Eu morava em um local onde a
criminalidade era bem aceita. Na verdade, era uma forma de ter status. E o
professor, que significa o saber propriamente dito. Então eu me aventurei no
roubou. E meus pais sempre diziam que eu devia respeitar o professor. E deu
certo.
- Como deu certo se você foi
preso? Questionou Aristóteles intrigado com o que descobriu com todo
este diálogo.
- Eu não vou ficar para sempre
aqui. E ao sair vou roubar mais até alguém fazer um filme sobre minha vida. Se
eu tivesse nascido no estrangeiro já estaria ganhando dinheiro com um filme da
minha vida! Até nisto o Brasil está
atrasado!
Então Aristóteles agradeceu ao Gevalter pela explicação, e
foi pensativo para casa sabendo que a semente da violência pode ser um pequeno
momento de palavras mal colocadas em um ambiente não propício a violência. Mas,
mesmo assim ela pode germinar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário