terça-feira, 3 de maio de 2011

O Próximo é tão especial, único e importante como você!



Você é especial. É único e importante. Não existe uma outra pessoa igual a você. Mesmo se clonarem você, você será único. Não existirá um outro ser humano igual a você. Pois, as experiências que passamos contribui muito para o que somos. Por isso você é especial, único e importante. Somos uma resultante entre o biológico, o social e o espiritual. Por isso quando buscamos valores reais de vida temos a oportunidade de ser pessoas boas. E estas experiências são únicas por isso que ninguém será igual a você.
Mesmo as reflexões e ponderações das experiências vividas são importantes para tiramos conclusões diferentes dos outros seres humanos e isso reforça a nossa autenticidade. Heráclito afirma que uma pessoa não toma banho no mesmo rio. As meditações sobre a vida, sobre a existência faz-nos seres humanos também únicos. E estamos sempre mudando. Então é impossível um outro ser humano ser igual a você . E também é impossível você ser igual a um outro ser humano! Gêmeos idênticos também são diferentes! Mas, devemos considerar importante o exemplo destas pessoas e por sua vez devemos ser exemplo também.
Por isso o desenvolvimento humano depende de como nos tratamos, como tratamos o próximo e como tratamos Deus.
Uma das características de uma boa pessoa é quando contribuímos para que o próximo coloque para fora o que tem de melhor ou coloque bons sentimentos. Ou até mesmo reflita sobre suas ações. Então estamos demonstrando que somos seres humanos realmente bons. Precisamos do próximo para provarmos que somos bons seres humanos. A bondade é uma característica potencialmente social.
Então temos que buscar uma outra característica para provarmos que somos seres humanos bons. É quando consideramos não somente a nós como pessoas especiais, únicos e importantes. Quando consideramos o outro ser humano com estas mesmas características também estamos provando que somos pessoas boas. É mais uma das grandes características de uma boa pessoa. O ser humano precisa destas características para promover o processo de humanização. Pois Deus considera todos importantes: “E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo.” (Atos 10:34-35)
Todos os seres humanos têm a oportunidade de se desenvolverem de acordo com suas características. Sendo que estas qualidades são diferentes em cada ser humano. Quando mais evoluído o ser humano se torna mais precioso a vida se torna para ele. E a sociedade torna-se mais rica! A vida ganha cada vez mais um significado mais precioso. Mais importante e mais raro, já que não somos iguais entre nós. E precisamos das mais diferentes habilidades.
Pois no contexto social somos moldados. E esta evolução é tão importante que vamos tornando diferentemente iguais. E Deus é tão evoluído que ele nós vê diferentemente iguais. “Pois nenhuma desta iniqüidade vem do Senhor, porque ele faz o que é bom para os filhos dos homens; e não faz coisa alguma que não seja clara para os filhos dos homens; e convida todos a virem a ele e a participarem de sua bondade; e não repudia quem quer que o procure, negro e branco, escravo e livre, homem e mulher; lembra-se dos pagãos; e todos são iguais perante Deus, tanto judeu como gentios.” (2 Néfi 26:33)
Por mais que seu orgulho, vaidade, cultura ou tradição tenda a você a se considerar mais importante que os outros seres humanos, mas para Deus você é igual a todos eles. E está convidado a participar do processo de humanização promovendo a felicidade no próximo. A felicidade também tem que ser uma atitude social. Por isso que amar ao próximo faz não só o próximo melhor, mas a nós mesmo. Pois quando estamos amando o próximo estamos amando a nós mesmo. “Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhes: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. E este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos depende toda a lei e os profetas.” (Mateus 22:36-40) Se temos que amar o próximo como a nós mesmo significa que o próximo é tão especial como você, como eu ou qualquer pessoa. Então não há motivo para um ser humano se sentir melhor que outro. Acredito que este é o grande desafio da humanidade. Não existe salvação genética! E não existe genética suja. Todos somos seres humanos. Problemas genético não fazem das pessoas menos humanas, eles continuam a ser ser humanos. Chegará um dia que a ciência consertará a genética e os seres humanos continuarão especiais, únicos e importantes.
Mas temos a questão das habilidades, talentos, inteligências e todos dos dons que a pessoas herdam ou desenvolvem. A pré-disposição genética não é fator determinante para se considerar superior a um outro ser humano. Na verdade estas qualidades o qualificam para fazer mais pelo próximo, pois você tem que amar o próximo como fosse você. Então você tem que perceber que ele é tão importante especial como você. Não se pode gastar neurônios pensando que você é melhor, mais especial ou importante que outro ser humano. Já que têm muitos talentos você pode desenvolvê-los ainda mais ou desenvolver outros talentos que não tenha. Sempre temos que melhorar em alguma coisa. E temos que dar oportunidade de todos desenvolverem seus talentos.
A genética não justifica nada. Pois encontramos seres humanos talentosos em todos os lugares e povos. O que muda é o social, tem culturas que dão maior ênfase a questões que outras culturas não consideram importantes ou não tem condições de desenvolvê-la... Considerando também as questões políticas, financeiras e influências sociais que também tem grande influência no desenvolvimento do ser humano. E temos que levar em consideração também a corrupção, roubo, ganância, mentiras que também influenciam o desenvolvimento humano. Dificultando o processo de humanização. “E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víbora, que vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos de arrependimento; E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a  Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão. E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bons frutos, é cortada e lançada no fogo.” (Mateus 3:7-10) Está bem claro o que faz a diferença é procurar nos desenvolver e não a questão genética. A espiritualidade não é genética. “Pois eis que vos digo que todos os gentios que se arrependerem serão o povo do convênio do Senhor; e todos os judeus que não se arrependerem serão lançados fora, porque o Senhor não faz convênios a não ser com os que se arrependem e acreditam em seu Filho, que é o Santo de Israel.” (2 Néfi 30:2)
Na verdade a espiritualidade está a disposição de todos. Não é sobrenatural. Não tem nada haver com fantasma ou coisa parecida. O desejo de ser um ser humano espiritual está fundamentado em procedimentos de vida. Em conduta. E valores de vida. Em respeito. Em dar-se oportunidade e oferecer ao próximo. E não está alicerçada em questões genéticas ou sobre naturais. Na verdade quando as questões genéticas estão sendo colocadas como fundamentais para o desenvolvimento do ser humano é aí que gera o racismo, o preconceito, estereótipo, estigma, e todas as formas de exclusão, que na verdade é uma forma de negar o amor ao próximo. De negar o direito que o próximo tem de se desenvolver. E com isso o processo de humanização fica deficiente. “Não gosto de classificar as pessoas. Somos indivíduos que vivem juntos e espera-se que tenhamos respeito uns pelos outros, a despeito da situação em que alguns de nós se encontram.” (Gordon B. Hinckley, A Liahona, nov/1997,p.17) Dar oportunidade para o próximo ser especial, único e importante na verdade é dar oportunidade para você mesmo. E dar oportunidade para todos os seres humanos. É a decisão de ser uma boa pessoa e de dar oportunidade de outros também o serem, é que faz uma boa pessoa. E a humanidade precisa urgentemente deste privilégio! “Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel são israelitas; nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência. Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência.” (Romanos 9:6-8) É o desejo que faz a diferença. É o desejo que motiva o respeito ao desenvolvimento do próximo. O desejo faz parte do vetor do processo de humanização!