segunda-feira, 29 de julho de 2019

Brasil, o País de Amadores

Peço licença para os profissionais. Para os profissionais de que sabem que são profissionais e também se esforçam muito para continuar sendo profissionais. Um profissional é um exemplo a seguir e, hoje me dia, ele faz a diferença. Mas, o profissional é um ser que no Brasil está em extinção. Não é porque uma pessoa fez um curso técnico ou uma faculdade é que se pode considerar um profissional. Vai muito mais além disso. Ser um frequentador de um curso e a conquista de um certificado ou diploma não significa que será um profissional.
Nem aventureiro se pode classificar estas pessoas, pois um não profissional causa muitos danos a sociedade. Mas, você pode perguntar: E o autodidata? Este também pode não ser um profissional, pois a primeira coisa que temos que considerar é querer ser um profissional, é o desejo. Também o profissional sempre está ampliando seus horizontes, ele nunca para de aprender. Que é uma característica do ser humano. E muitos autodidatas só querem e esforçar em seu foco inicial. E depois param, estacionam.  
 Ao ler o título deste texto e veio a sua mente a parte da música: Que país é este do grupo Legião Urbano: “Terceiro mundo, se for Piada no exterior Mas o Brasil vai ficar rico Vamos faturar um milhão” Sua mente está correta, pois o Brasil nunca pensou em ser um potência. Nem no futebol. Como disse uma certa vez, o jogador Sócrates, o Brasil vende os jogadores por não saber fazer o espetáculo. Como não sabemos administrar temos a tendência de vender tudo. O que significa as privatizações? Significa que não sabemos administrar? Sim e a corrupção no Brasil sempre vence. Um empresário de sucesso que se dispõem a ser político e estar no executivo e defender a privatizações é uma prova cabal que não temos profissionais a altura dos desafios que a nossas atuais circunstâncias nos impõem. E a grande maioria dos desafios proveniente de nós mesmo. Nós somos nosso próprio inimigo. Nós nos boicotamos.
O Brasil passou por uma época de controle da inflação e uma certa estabilidade. Era a época certa para se investir em educação de qualidade e combate a corrupção. É o que os países desenvolvidos fizeram. Mas, o Brasil, investiu em corrupção e combateu a educação. Enquanto não houver um investimento sério em educação de qualidade não seremos um país desenvolvido. Continuaremos a ser colônia de outros países. Uma colônia moderna, cheio de dinheiro, pois “vamos ficar rico, vamos faturar um milhão”. E achamos que o grito de independência ou morte foi o suficiente. Mas, sabemos que não foi e ainda não é suficiente.
 Negar o vínculo sagrado de educação séria e de qualidade sem corrupção com desenvolvimento individual e coletivo é um grande massacre do ser humano. É querer que o processo de desumanização seja o carro condutor do Brasil. E muitos com esta atitude se sente importante, até mesmo moderno. Dar ao homo sapiens o mínimo de educação é negar seus anos e anos de desenvolvimento. E estamos criando outro ser, o homo corruptio. Só os que defendem este pensamento iniquo não deixam de dar a seus filhos educação de qualidade. Estes já são outro tipo de ser o homo hypocrita eice. Infelizmente é este o nosso direcionamento. E não vejo o desejo de mudar esta situação.
Imagine uma sociedade com poucos homo sapiens e muitos homo corruptio e homo hypocrita iece? Não será um país sério. Se agora veio a sua mente a frase atribuída ao então presidente da França Charles de Gaulle, que na verdade não falou isto, quem falou foi o brasileiro diplomata Carlos Alves de Souza. Você tem toda razão. Como muitas pessoas gostam deste pensamento que não somos sérios, muitos também irão gostar de sermos amadores. E com isto continuamos muito atrás do desenvolvimento satisfatório.