domingo, 16 de agosto de 2015

Aqui se Faz. Aqui se Paga.



É muito comum as pessoas afirmarem quando acontece alguma coisa errada:
— Aqui se faz aqui se paga!
É quase uma exigência da vida que o revide aconteça. Também é percebido que quando este retorno acontece um ar de satisfação toma conta da pessoa. Só faltam soltar fogos e festejar. Mas na verdade isso raramente ocorre. Na verdade nunca acontece. Nada na vida garante que uma pessoa vai pagar por que fez algo considerado errado. Desconsideram quando há um crime e há prisão e julgamento. Se isso fosse verdade a violência iria diminuir constantemente porque era sabido, notório e percebido por todos que o pagamento viria. Mas a violência e suas mais variadas formas é crescente. Este tipo de pensamento funciona mais como um anestésico para se suportar algo de ruim. Então se fala:
— Aqui se faz. Aqui se paga.
Um exemplo muito claro que não se paga o que se faz, é o Hitler. Responsável por várias batalhas e por fim a segunda guerra mundial. Morreram três milhões de homens. Somente homens, mulheres foram dois milhões. Até as crianças não escaparam de sua maldade, foram um milhão. Estamos considerando somente os judeus, se formos além iremos encontrar um número muito maior cerca de dezessete milhões. Mesmo que Hitler tenha a doença mais forte que existe, ou somando várias doenças, nunca irá pagar por estas vidas aqui na terra. Estamos considerando somente a vida física, fisiológica, se considerarmos que seres humanos dotado de habilidade, dons, capacidades, inspirações, talentos e etc é incalculável a perda para a pessoa, para a família para o país e para o mundo.
Religiosos, cientistas, artistas e estudiosos não foram poupados. Quando afirma que este pagamento está relacionado com o que se fez. É somente uma racionalização e nada mais. Outro exemplo é o de Josef Stalin durante seus trinta anos de governo a estimativa é que ele matou de vinte milhões a quarenta milhões de seres humanos. A responsabilidade pelas mortes é intransferível, pois como líder poderia ter feito diferente. Um dia depois de jantar e assistir um filme, foi para sua casa e retirando-se para dormir e não saindo no horário usual. Quando entraram em seu quarto encontraram ele caído no chão e falando coisas inteligíveis, depois de quatro dias ele morreu. Uns dizem que ele teve um hemorragia cerebral (derrame) outros dizem que morreu de causas naturais. Até foi considerado morte por envenenamento. Veneno que resultou no derrame. Sua morte não foi conseqüência do que fez. Muitos outros foram envenenado não sendo governante, e não sendo responsável por muitas mortes. Muitos de nós conhece alguém que teve hemorragia cerebral e esta pessoa pode ser boa ou não. Se for boa, falaram que ele não merecia e que é fatalidade da vida, ou que a hora dele chegou. Se for mal dizem que está pagando por sua maldade. Só que outros ainda afirmam que coisa ruim não morre. Poderíamos citar outros governantes como Leopoldo ll da Bélgica responsável pela morte de quinze milhões de seres humanos. Temos os matadores em série, um exemplo é o de Jack, o estripador que matou provavelmente onze mulheres, certeza de cinco. E nunca foi preso, não pagou nada por ter assassinado destas mulheres. Podemos citar também os políticos corruptos, pois o desvio de verbas públicas, que é um roubo, prejudica a sociedade. Os desvios de dinheiro destinados aos hospitais, causam a morte de muitas pessoas. Pode até acontecer que morreram pessoas que praticaram o mal, mas também morreram pessoas que não praticaram mal nenhum.

Pessoas que não mereciam morrer por causa de falta de recursos. Se o aqui se faz, aqui se paga fosse uma lei, não precisaríamos de polícia e nem de advogado, promotor de justiça e juiz de direito, pois a vida naturalmente iria fazer a justiça divina. Para que gastar uma grande quantidade de dinheiro em algo que se faz naturalmente? E gastar dinheiro com prisões sendo que a pessoa vai pagar na vida. Vamos deixar isso ocorrer naturalmente. Mas é sabido de todos que este pensamento do que se faz e aqui se paga não é verdade, e muitos escapam como citamos acima.

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